Chegamos então ao fim de 30 dias após o segundo turno das eleições, e a situação segue na mesma. As manifestações se mantêm firmes em frente aos quartéis de todo o país, com grande destaque a Brasília e Rio de Janeiro, no que tem sido até então uma luta inglória.
Apesar disso, os milhares, ou até mesmo milhões de manifestantes seguem firmes em seu propósito, sem recuar e cantando seus refrões patrióticos, clamando por socorro às Forças Armadas do Brasil, na esperança de serem ouvidos e verem enfim a pátria ser salva da quadrilha que tomou o poder, como anunciaram que fariam.
Neste mês que se passou, e apesar das massivas e permanentes manifestações contrárias, o novo governo não eleito, mas nomeado, segue livremente fazendo suas articulações para enfim novamente botarem suas mãos nos cofres públicos. Na equipe de transição, que tem absurdos mais de 400 integrantes, tem vários ex-condenados da justiça, a começar pelo próprio presidente descondenado e nomeado, e mais de 60 que respondem atualmente a processos por corrupção e outros crimes. Em que país sério uma coisa dessas seria possível?
Também neste período, o sistema judiciário ditatorial que se implantou no país segue na escalada do autoritarismo, agindo por conta própria e ignorando as leis, perseguindo opositores, aplicando multas absurdas e condenando cidadãos sem qualquer processo legal, em um verdadeiro faroeste caboclo. E o novo executivo já anunciou que, junto do judiciário fortalecido, governarão este país em uma aliança insuperável. E acredito, pois é assim mesmo que se implantam ditaduras. Foi assim na Venezuela. O próximo passo, se isso não for parado de alguma forma, é a violência e truculência de um estado policial, como é hoje a Venezuela.
E do outro lado, o que temos? O total silêncio de Bolsonaro. Logo nos primeiros dias, primeira semana, talvez um pouco mais, este silêncio estava sendo bem aceito e compreendido, afinal, Bolsonaro passou os 4 anos de seu governo alertando para a fragilidade de nosso sistema eleitoral das caixinhas mágicas, e foi duramente atacado pelo sistema durante todo esse tempo. Então, pensamos todos, é normal ele recuar neste momento e não aceitar o resultado, enquanto acreditamos que esteja se articulando com seu Ministro da Defesa e as Forças Armadas para um eventual e esperado contragolpe.
Porém, já faz um mês, e a situação é a mesma. Onde está e o que está fazendo Bolsonaro? Esta é a pergunta que todos se fazem em meio ao desespero de ver aquela quadrilha ganhando terreno e "aparentemente" vencendo o jogo, enquanto o cansaço e a desesperança começam a tomar conta dos ânimos dos manifestantes e de todos os demais patriotas do Brasil que, mesmo não participando das manifestações, compartilham do mesmo sentimento, e que formam, sem a menor sombra de dúvidas, a imensa maioria do povo brasileiro.
Então vamos analisar esta questão.
Mesmo talvez não concordando com a estratégia adotada por Bolsonaro, a do silêncio absoluto, é necessário se reconhecer que há uma estratégia sendo colocada em curso. O silêncio é justificável, pelo fato de permitir que as manifestações cresçam e se multipliquem por iniciativa do povo, e não insufladas pelo presidente - que foi quem gerou, em primeiro lugar, este sentimento no povo. E por outro lado, se estivesse se pronunciando normalmente como sempre fez, seria muito pressionado a aceitar o resultado do pleito, o que obviamente não é o caso, e isso poderia minar politicamente uma eventual estratégia. Por isso, talvez, o silêncio.
E vejo ainda, se pensarmos que há uma estratégia em andamento, mais um fator: ao sair de cena, deixa o outro lado no foco das atenções e cada vez mais solto e à vontade para agir, e assim colocam suas manguinhas de fora e todos podem ver então o que pretendem fazer, enquanto ao mesmo tempo cometem mais erros e mais crimes, que vão se acumulando na lista já bem grande, a começar pela lambança eleitoral, como já evidenciado por tantos, inclusive pelo relatório das Forças Armadas. A insistência em negar o acesso à programação das caixinhas mágicas praticamente vale por uma confissão, afinal, este tribunal é o responsável por executar as eleições de acordo com as leis vigentes, mas não é o dono das eleições. Puniram sumariamente inclusive partido político por apresentar relatório técnico questionando a confiabilidade das caixinhas. A lista é bem grande e seria até cansativo repetir tudo aqui, todo mundo está vendo tudo bem de perto, o caos jurídico já está instalado.
O segundo ponto é o tempo, essa demora toda para uma reação. E este é o X da questão, na minha opinião.
Primeiro, não há como, em um país democrático (o que ainda somos, apesar de tudo), o lado que perdeu as eleições simplesmente chutar o pau da barraca e entrar com o exército para reivindicar seus direitos, por mais que sobrem evidências para justificar isso, o que também é o caso. Tem todo um processo a ser seguido, um rito, caso contrário haveriam convulsões após convulsões em cada eleição e viveríamos no caos.
Este processo inclui vários fatores, e um deles é a manifestação inequívoca do povo. Este ponto está, pois, assegurado, já se vão 30 dias de manifestações que já são as maiores da nossa história, e alguns dizem inclusive que do mundo. Então quanto a isso, não há mais dúvidas.
Outro fator é o envolvimento dos militares. Por mais que muitos entre os generais concordem com alguma ação, é necessário conseguir a adesão total das Forças Armadas. e isso também é um processo lento e de convencimento. Durante estes 30 dias, eles já emitiram pareceres, relatórios sobre as caixinhas mágicas ao tribunal e cartas ao povo brasileiro, então o processo está andando e, ao que tudo indica, a adesão já existe.
Mas para funcionar, há que se considerar a estratégia a ser adotada, e aí o bicho pega. Veja as dimensões do Brasil, tem o tamanho de um continente, quase toda a Europa caberia aqui dentro. E agora pense com quem estamos lidando - com o crime organizado, que tem sérias ramificações internacionais. Desde os primeiros dias dos governos do PeTê que nossas leis têm sido ainda mais subvertidas para beneficiar o criminoso, ao passo que restringe a defesa da vítima. Proibiram a polícia de subir nos morros cariocas, distribuem habeas corpus a criminosos e corruptos sem qualquer pudor. Tudo isso tem uma razão, e essa razão é a formação de núcleos terroristas, que só poderiam se formar e se manter com a proteção "legal" que tem.
Por quê estes juízes que fazem o que fazem parecem estar seguros, sem medo de cair do cavalo? Certamente porque tem esta retaguarda, que inclui ainda os núcleos dos países vizinhos, "amigos" da esquerda. E tudo isso, esta organização toda, tem por trás a elite financista que está derramando dólares para implantar governos autoritários pelo mundo todo - os famigerados "globalistas".
Então, montar uma operação para a retomada da ordem no país é muito complexo e requer muito planejamento, principalmente pelo foco do problema estar no poder judiciário. Só que isso já deixou de ser um jogo político, é guerra. E para a guerra é necessário se preparar - tem que haver efetivo militar, suprimentos, água, combustível, médicos e enfermeiros, comida, e presença em todos os pontos críticos, o que em um país do tamanho do Brasil não é uma coisa simples.
E por último, tem a questão política. Para que uma ação tenha legitimidade perante o próprio país e o mundo, é preciso esgotar todas as possibilidades legais antes de partir para a baioneta. Isso porque o outro lado, o inimigo, com seus dólares infinitos, tem o apoio de grande parte dos políticos, do judiciário, de grandes empresas e, principalmente, da mídia, que cria narrativas o tempo todo (há 4 anos) para demonizar Bolsonaro e induzir as pessoas a acreditarem que ele está armando um golpe, tudo já pensado para este momento.
Então, é complicado. Em um país como o nosso, um gigante com 220 milhões de pessoas, qualquer coisa que seja feita para mudar os rumos do país, mesmo que seja para atender ao clamor da população, como (de novo) é o caso, tem que ser muito bem elaborada. Caso contrário, diminuem muito as chances de funcionar.
Aí ficam as pessoas atônitas e ansiosas, que no vácuo de informações oficiais acabam criando e compartilhando enlouquecidamente todo tipo de teoria, correndo pra tudo quanto é lado que nem barata em dia de mudança.
Calma. Precisamos ter calma e aguardar. Tudo que precisa ser feito está sendo feito. Ou seria razoável acreditar que o Bolsonaro, depois de peitar sozinho o sistema durante 4 longos anos, apanhando por tudo que é lado, simplesmente desistiu? Lógico que não. Então, tenhamos fé e paciência. Ele insistiu durante todos estes anos que nós somos seu exército, e agora este exército está na rua, graças a ele. E isso vai fazer toda a diferença, só temos que dar o tempo necessário para que as coisas aconteçam. E já estamos bem perto do final glorioso.
Fique em paz.
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